sábado, 25 de maio de 2013

SÓ HIDROELÉTRICAS GARANTEM PONTA


HIDROELÉTRICAS PRODUTORAS DE PONTA Em maio 25, – com acréscimos decrescentes (derivada) – os reservatório atingem o nível satisfatório maior possível de 70%, mas ainda inferior a 2012. Daí segue o mesmo padrão, agora com todas as térmicas ligadas, desta vez de forma permanente. –Porque os reservatórios devem permanecer cheios todo o tempo? Reservatórios cheios permitem suprir picos de demanda por períodos prolongados a qualquer hora, independente do clima. À medida que a demanda por energia cresce, hidroelétricas são cada vez mais solicitadas para atender picos maiores. Não compensa suprir picos de demanda (MW) através de usinas térmicas: sua potência seria maior do que a necessária para suprir energia (MW x hora). Mas, foi usada e vai continuar usando: um verdadeiro desperdício. Hidroelétrica é a única fonte que tem capacidade instalada maior (na proporção do FC 0.55) do que a quantidade energia que é capaz de produzir. "Algumas hidrelétricas já tem local pronto para colocar essas máquinas adicionais, mas ainda não colocaram. Ou seja, a parte civil já tá pronta. É só aumentar a potência da usina”, segundo o NOS, lembrando que essa ampliação não aumentaria a energia assegurada da usina, apenas à potência. No período chuvoso , hidroelétricas tem capacidade mais do que suficiente para atender picos demanda: o problema é no período seco, quando térmicas estão inteiramente ocupasadas na produção de energia. Picos de demanda – é bom lembrar – também podem ocorrer no período seco. Só hidros tem CI maior, ou seja: potência em curtos períodos. Poucas umas térmicas a diesel já estão desligadas mas, seria um erro desligar todas. PICOS DE CARGA Do lado do consumo o maior crescimento da demanda ocorre no setor de serviços, residencial e comercial, com diminuição da atividade industrial – reflexo do incremento da renda e do avanço do emprego – são razões que explicam o aumento da demanda para fins térmicos. A incorporação de eletrodomésticos às residências tais como chuveiros elétricos, condicionadores, refrigeração e iluminação contribuem para a curva de carga no momento do pico, justifica manter os reservatórios quase cheios como reserva estratégica para atendimento de surtos inesperados ou mesmo o aumento dos picos de demanda proporcionalmente à demanda por energia (Kwhora). È muito mais barato adicionar unidades para incrementar a capacidade instalada de usinas prontas do que construir novas. Especialmente se houver provisão (slots). “Até 5 GW de ganho de potência, colocando mais máquinas, apenas adicionando mais unidades, especialmente se houver provisão. È mais barato atender o horário de ponta com a ampliação de potência dessas hidrelétricas do que com térmicas” segundo o ONS. Atender picos de demanda com térmicas é um equívoco. Equivale a baixar o fator de capacidade, tal como acontece nos países nos quais predominam térmicas. Ou, países que já esgotaram todo seu potencial hidroelétrico. Essas são razões que justificam a geração distribuída, cada um gerando sua própria energia produzindo, ao mesmo tempo, os dois tipos de energia: calor e eletricidade. Mas para que isso ocorra é preciso haver incentivos, segundo o NOS. “queda de produtividade e de potência das hidrelétricas e o horário de ponta teve que ser atendido com térmicas e isso custa caro. Em alguns momentos, o operador chegou a acionar 9 mil MW térmicos para atender a ponta”. Isso é um despropósito (PEN 2011 - 2015). Este é risco hidrológico à forte diferença existente entre a potência instalada e a energia firme3 que se verifica entre o período úmido e seco do ano. Hugo Siqueira, em 12/04/2013.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

NOVO TSUNAMI EM SIDERÚRGICAS


“Está tendo o efeito de um tsunami na indústria siderúrgica global, pressionando os preços em todas as regiões", disse Michelle Applebaum, analista de Chicago. O Brasil não precisa se intimidar com a oferta desordenada de produtos siderúrgicos (e alumínio) baratos como acontece com trilhos de má qualidade chineses recém-importados. O país tem condições de utilizar a grande capacidade de energia secundária para produzir – mesmo que sazonalmente – bens que a energia elétrica é capaz de produzir como eletro intensivos e aço (eletrólise a quente e fornos a arco), com isso reduzir a pressão sobre a indústria siderúrgica em vias de deixar o país (Siemens, Alcoa e outras). Os processos devastadores chineses não serão para sempre. MOTORIZAÇÃO DE HIDROELÉTRICAS A geração hidrelétrica de ponta também poderá ser aumentada pela construção de novas unidades geradoras em poços provisionados em algumas usinas hidrelétricas já existentes (5 GW segundo a Abrage), o que torna baixo os custos para o atendimento da demanda máxima do SIN. Isso gera uma expectativa atraente para os produtores do mercado livre dado que com tarifas maiores os produtores vão utilizar a grande quantidade de energia secundária para a produção sazonal de bens que a energia elétrica consegue produzir, tais como hidrogênio, lítio, por exemplo. Não só isso, alguns consumidores vão migrar para este novo mercado, com perda de clientes das concessionárias. Antes, eram térmicas a vapor de baixa qualidade técnica que garantiam ponta com combustível barato. O máximo do desperdício de energia. O tempo do combustível barato já passou. Agora, os papéis se invertem: são térmicas a gás combinadas que economizam combustível fóssil das antigas térmicas.

domingo, 19 de maio de 2013

GERAÇÃO SIMULTÂNEA


GERAÇÃO SIMULTÂNEA DE CALOR E ELETRICIDADE 12/04/2013 “A GE fechou um contrato de US$ 4,5 milhões com a Coca-Cola Andina Brasil para equipar uma unidade de engarrafamento localizada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, com três motores Jenbacher a gás natural. Com potência total de 12 megawatts, os equipamentos serão utilizados para gerar energia e aquecimento para a fábrica, seguindo o conceito quadgeneration. Isto significa que, além das funções típicas de fornecimento de eletricidade e calor, os motores da GE permitirão a produção de água fria, dióxido de carbono (CO₂), nitrogênio e operações de engarrafamento” (COGEN). HOSPITAL SÃO FRANCISCO- CABO VERDE MINAS GERAIS Instalei um grupo gerador de reserva para um hospital e fiz a seguinte recomendação: “ligar o gerador próprio e deixar a Cemig na reserva”. Sai muito mais em conta. Além disso, o radiador foi suprimido e a água de arrefecimento foi ligada à serpentina do aquecedor central. Todo calor proveniente das perdas da queima do gás são integralmente utilizadas para o banho e roupa lavada dos pacientes, que, indubitavelmente constitui a maior demanda de qualquer hospital (70%). È o que denomina cogeração de calor e eletricidade por uma só fonte. Hotéis, condomínios e shopping centers não podem prescindir de geração própria. Além da segurança, economizam na conta de luz. Indústrias que utilizam “calor de processo” como cimenteiras, cerâmica, fábrica de alimentos e bebidas utilizam o processo cogeração em geração distribuída, para escapar do cativeiro da tarifa da distribuidora. Até usinas de biomassa utilizam para economizar bagaço, que é um combustível tão ruim que as próprias olarias rejeitam, mesmo que cedido gratuitamente.

sábado, 18 de maio de 2013

RESERTÓRIOS CHEIOS: SEGURO CONTRA ACIDENTES


RESERVATÓRIOS CHEIOS E A ENERGIA DE PONTA Reservatórios quase cheios é a contingência estrutural do sistema que se torna cada vez mais hidrotérmico. redução de tarifas – sempre benvinda – ocorre em momento crucial em que o sistema passa por mudanças estruturais com a utilização de modo permanente de térmicas nos próximos anos. O encarecimento pelo uso da térmica mais cara é uma consequência natural de um sistema que tende cada vez mais para hidrotérmico. Uma coisa nada tem a ver com outra: mesmo se não houvesse a baixa de tarifas o aumento do custo será inevitavelmente maior. “O acionamento das UTE durante todo o ano de 2013 indica que o novo paradigma hidrotérmico veio para ficar, o que exigirá um esforço muito grande da política e do planejamento energético, que terá que alterar práticas, ações, métodos e modelos computacionais”. Nivalde de Castro. Não só isso, diríamos, processos que levem em conta o aproveitamento integral do combustível na produção e consumo das 2 formas de energia: calor e eletricidade, que são indissociáveis. Não se pode aperfeiçoar um sem negligenciar o outro. A geração hidrelétrica de ponta também poderá ser aumentada pela construção de novas unidades geradoras em poços provisionados em algumas usinas hidrelétricas já existentes (5 GW segundo a Abrage), o que torna baixo os custos para o atendimento da demanda máxima do SIN. Isso gera uma expectativa atraente para os produtores do mercado livre dado que com tarifas maiores os produtores vão utilizar a grande quantidade de energia secundária para a produção sazonal de bens que a energia elétrica consegue produzir, tais como hidrogênio, lítio, por exemplo. Não só isso, alguns consumidores vão migrar para este novo mercado, com perda de clientes das concessionárias. Antes, eram térmicas a vapor de baixa qualidade técnica que garantiam ponta com combustível barato. O máximo do desperdício de energia. O tempo do combustível barato já passou. Agora, os papéis se invertem: são térmicas a gás combinadas que economizam combustível fóssil das antigas térmicas.