Rio Tapajós

Nilder Costa
Como o assunto continua em pauta, embora tardiamente, estou enviando comentário sobre o trecho seu artigo reproduzido abaixo:
“Em outras palavras, a Eletrobrás está abdicando de uma das maiores vantagens de uma hidrelétrica – a de estocar energia em forma líquida – para não assumir o ônus político de enfrentar o aparato ambientalista-indigenista.”
Comentário:
Compreendo que seja uma parada enfrentar o aparato ambientalista-indigenista, mas a Eletrobrás não está abdicando de nenhuma vantagem, simplesmente não tem alternativa. Tambem não precisava dizer — num claro pedido de desculpa — que optava por usinas de fio d’água, desistindo dos reservatórios. Tecnicamente é impossível a construção de reservatórios significativos em potenciais daquela altura útil, situados em região de planície de pequena altitude. Se fossem construídos, não teriam qualquer significado em termos de constituição de estoque de energia, nem seriam capazes de regularizar a vazão das próprias usinas e de quaisquer outras a jusante no Rio Tapajós e os ínfimos estoques de energia não teriam reflexo algum sobre potenciais de outras bacias.