terça-feira, 12 de abril de 2016

Caros ambientalistas:NÃO HÁ NENHUM DEMÉRITO PARA BELO MONTE


Não há nenhum demérito para Belo Monte pelo fato de funcionar em períodos curtos como usina de fio d’água, como de resto para a maioria absoluta dos potenciais dos rios amazônicos. È apenas uma constatação física, com a qual não podemos brigar. O grande equívoco está na forma de licitação pela tarifa (leilão português) ou preço médio da energia produzida, como se esta fosse representativa, à semelhança do Sudeste de pouca variabilidade sazonal. Os grandes reservatórios de acumulação (Furnas, S. Simão e Itumbiara) permitem a regularização da vazão nos potenciais de fio d’água em valores de vazão mais próximos da média dos valores históricos através de estoques de energia potencial. Para que potenciais de fio d’água possam funcionar a contento com médias representativas precisam estar associados às usinas térmicas prevalecentes (ou por construir), especialmente Belo Monte que tem custo excepcionalmente baixo devido a altura (90 metros). Por mais estranho que possa parecer, usinas térmicas são imprescindíveis na Amazônia e desta vez, os ambientalistas estão cobertos de razão quando criticam Belo Monte como fraca produtora de energia no período de seca. O fato de não poder contar com grandes reservatórios de acumulação — como estoque de energia potencial — leva à necessidade da conjugação de hidroelétricas com usinas térmicas prevalecentes na Região Amazônica. A situação é semelhante a dos países industrializados que atingiram a fase puramente térmica, onde as hidroelétricas remanescentes são utilizadas no máximo de sua capacidade instalada — às vezes supermotorizadas com adição novas unidades de baixo custo incremental — para economizar combustível de térmicas predominantes. Esta é a razão principal das termoelétricas serem imprescindíveis na Região Amazônica.

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