terça-feira, 16 de outubro de 2018

corredor de mão dupla


Um extenso corredor de mão dupla funcionaria ora num sentido (do Norte para o Sudeste) e ora no sentido inverso. Em relação a troca de estoque funcionaria como via de mão única. Mas, esta é uma possibilidade ilusória, conquanto inteligente. Estoque de energia é uma variável sistêmica que não está localizada em um ponto determinado do sistema. É uma variável que pertence ao sistema como um todo, cujos componentes se transformam em energia elétrica nas diversas alturas das usinas de jusante assim que o volume dos reservatórios de cabeceira libera água. Ora, não se pode reter água nestes reservatórios sem comprometer o funcionamento das usinas de jusante, de cuja vazão sua capacidade é dependente. Pode até comprometer a capacidade de armazenamento sazonal, com perda de potência pela diminuição da altura útil. Por último: se um corredor exclusivo de 900 km está causando problemas operativos na região mais adiantada do país, qual a dimensão do problema que um corredor exclusivo de mais de três mil km poderá causar na planície alagada da Amazônia sujeita ás mais variadas condições de clima e acidentes? Se até a logística da construção de novas usinas já está já está mudando para contemplar condições ambientais, como será a logística da fiscalização do corredor exclusivo? A partir de satélites?

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