Apanhadores de cocos se queixam da presença de atravessadores. Compram caminhão e fazem eles próprios o negócio. Acreditam estar valorizando o seu trabalho árduo.
Pensando friamente, trepar em árvores continua um trabalho pouco valorizado que não requer capital: somente vigor e coragem. O valor final do coco é tão só o custo da viagem.
Um coco vale apenas o custo de transportá-lo. E o catador apenas muda de profissão que requer capital e mão de obra. Os catadores continuam desvalorizados. Pergunta:
-- O quê há de errado no processo?
O erro está no procedimento do transporte de cocos em estado bruto. Melhor seria que transportasse a água acondicionada em containeres, tal como o suco é transportado de avião para o destino.
Cinco Reais – para o consumidor -- é quanto vale o transporte. O que está dentro não vale nada.
È o mesmo equívoco daquele que acredita estar pagando 4 reais pela Coca (líquido). Na verdade o consumidor paga 3 reais pelo produto tecnológico (garrafa PET) e comodidade do serviço. Um real é apenas o quanto custa o líquido refrigerante que, afinal de contas, é apenas água com açúcar.
E depois de tomada a água, o quê faz com o coco vazio?
Resposta:
O mesmo que faz com a garrafa vazia: joga no lixo. Ou, mais comodamente, joga na rua como qualquer brasileiro folgado.
Com esse procedimento, cria um problema ambiental, pelo qual acabará pagando – de uma forma ou de outra – em impostos municipais. Este é o preço da incoerência.
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