sábado, 2 de abril de 2011

RELACIONANDO COM OS CHINESES

Um absurdo o preço que os chineses estão pagando pelo minério de ferro: 200 dólares/tonelada ou ¹/5 de dólar/Kg.
Mas, será que este preço é para sempre?

Neste caso, valeria mais a pena pagar ¹/³ dólar pelo quilo da sucata japonesa e reduzir pela metade a quantidade de minério transportado como faz a maioria das siderúrgicas brasileiras.

Logo perceberão que sai mais em conta trazer o carvão mineral e eles próprios fundirem o ferro gusa -- deixando por aqui mesmo toda a poluição local -- como faz a maioria das siderúrgicas brasileiras. Pois já não fizeram o mesmo na usina termoelétrica a vapor (Candiota III)– verdadeira reminiscência arqueológica – alimentada por carvão mineral brasileiro de péssima qualidade?
Do ponto de vista global, tanto faz.

Mas, o que não faz sentido é o passeio inútil de navios carregados de minérios e terra (bauxita) ou de caminhões de grãos por estradas esburacadas pelo interior do Brasil. Infelizmente a globalização ainda não atingiu o setor primário.

Quando deparo com documentários mostrando chineses revolvendo monturos de aterros sanitários no Japão sou obrigado a concluir que há vantagem econômica no processo da reciclagem de produtos pesados do lixo. Alem do que os benefícios ambientais compensam largamente os custos?

Países ricos produzem mais lixo: a estes deveriam caber os custos da reciclagem. No Japão o custo da seleção é muito alto.

“Enquanto a produção é tecnológica, a seleção é arcaica. A seleção é manual e feita a golpes de machado. Entretanto, muito mais degradante do que o trabalho em “linha de montagem” tão bem descrita por Carlitos em “Tempos Modernos”. Só os chineses suportam, porque a vida no campo é ainda pior: cozinham alimentos com excrementos secos de animais.


Bem, assim como há vária maneiras de “ver” a mesma coisa, também existem outras formas melhores de ‘fazer’ as coisas.

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